terça-feira, 25 de setembro de 2018

A vida cristã deve ser consciente, responsável e a serviço da sociedade

A vida cristã deve ser consciente, responsável e a serviço da sociedade





A vida cristã se desenvolve dentro da realidade do mundo e do tempo em que vivemos, com todos os desafios que lhe são próprios. Nos próximos dias, a população brasileira, e nós juntamente com todos, estaremos exercendo o direito e o dever do voto. Não quer dizer que todos os problemas serão resolvidos com uma eleição, mas podemos progredir quanto à participação, à responsabilidade e os possíveis resultados. Esperamos encontrar nosso país e nossos estados mais amadurecidos ao final do processo eleitoral em curso.
Os discípulos de Jesus têm grande responsabilidade por terem recebido as informações e a formação necessárias, ao beberem na fonte inesgotável da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja, com os valores que podem orientar suas escolhas. Se abrirmos os Evangelhos, veremos como a primeira geração de cristãos, com homens e mulheres vindos de extratos muito simples da sociedade, passou pela escola do próprio Senhor Jesus Cristo.
Uma das grandes lições oferecidas pelo Senhor, com suas palavras e gestos, que culminaram com a entrega total de sua vida, é aquela do espírito de serviço. O Evangelho nos descreve o quanto os discípulos tiveram que aprender. A mãe dos filhos de Zebedeu (Cf. Mt 20,20-21) veio ao encontro de Jesus, acompanhada dos dois filhos, pedindo um posto de importância, de modo muito semelhante às muitas solicitações de cargos e empregos, como vemos nos dias de campanha eleitoral. E o texto proclamado na Igreja neste final de semana (Mc 9,30-37) relata a discussão entre os discípulos para verem quem era o maior. A repreensão feita pelo Senhor oferece ensinamentos que percorrem os séculos.
O Evangelho amplia o horizonte
Se todos os pais e mães de família têm o direito e o dever e buscar o melhor para os filhos, é necessário purificar os critérios e as práticas com que agem em busca de tais objetivos. Não é difícil perceber o quanto passam de geração em geração, por toda parte em nosso país, as formas tantas vezes espúrias para manter o poder e a riqueza nas mãos de poucas pessoas. E infelizmente estas se tornam detentoras de controle sobre pessoas e consciências.
O que pode purificar tais práticas é o conhecimento e a prática dos princípios do ensinamento social da Igreja. Um deles, cuja raridade assusta quando se vê a prática administrativa corrente, é sentido do bem comum. Este deve se sobrepor aos interesses individuais ou grupais e mesmo familiares, quando alguém pretende um cargo público. E serve também como critério para avaliar as possíveis pretensões de quem se candidata a algum cargo público. É bom observar que quem pensa no bem comum amplia seus horizontes e consegue enxergar longe, lá “no fim da linha”, onde se encontram os mais pobres, frágeis e marginalizados.
Um olhar de tal qualidade conseguirá até envolver, em sua prática de presença na sociedade, as pessoas que estiverem no meio do caminho, que poderão, inclusive, deixar-se contagiar por novas práticas! O Evangelho amplia o horizonte, com a provocante proposta de buscar o último lugar!
O último lugar como ideal
Aquele que é o Filho de Deus veio para servir e não parassem servido, tomou a iniciativa de ir ao encontro dos últimos da sociedade, lavou os pés de seus discípulos e recomendou que todos fizessem o mesmo, o que vale também para a nossa geração. Vale a pena olhar ao nosso redor para descobrir homens e mulheres de todas as idades que primam pela boa vontade e pelo espírito de serviço, e o fazem com absoluta discrição.
Conheço pessoas capazes de distribuir recursos que promovem o próximo, sem criar dependências, de modo que só no Céu poderemos saber quanta gente faz o bem espiritual e materialmente de forma simples e generosa. Um diretor de escola formou inúmeros jovens através de bolsas de estudo, sendo que seus próprios filhos só o souberam após a morte desse campeão de generosidade e silêncio!
O último lugar como ideal! Que poderosa revolução pacífica se revela aqui. Buscar aquilo que nos custa, o que é mais exigente! Imaginemos administradores que comecem a priorizar as periferias de suas cidades, que ofereçam primeiro serviços aos mais pobres, invertendo as tendências existentes. Temos o direito de sonhar, mas temos o dever de escolher melhor nas eleições, descobrindo pessoas que, mesmo sem serem perfeitas, se aproximam dos ideais do Evangelho. Como a Igreja têm insistido, é bom verificar se as pessoas que a nós se apresentam têm pelo menos um pouco das práticas propostas pelo ensino social da Igreja.
Jesus não se contentou com o ensinamento, mas acolheu, a modo de exemplo, uma criança: “Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a, disse: ‘Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolhe, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou’” (Mc 9,36-37). Uma sociedade que se preze há de evoluir no trato das crianças, sem o qual o futuro fica decididamente comprometido.
Cristãos a serviço da sociedade
A Igreja Católica recebeu uma missão privilegiada quando surgiu e se consolidou a Pastoral da Criança. As práticas de líderes da Pastoral já contagiaram positivamente outros setores da sociedade. Dela nasceram tantas propostas de cuidados com as crianças, assim como se ampliou o arco de lições sobre alimentação, higiene, cuidados básicos de saúde. E a partir da Pastoral da Criança, veio à tona justamente o outro extremo, a Pastoral da Pessoa Idosa, também recheada de propostas cujos frutos se multiplicam!
Como sabemos que a caridade não vai passar, temos a certeza de que, a partir do Evangelho e da Doutrina Social da Igreja, cuja fonte é justamente o Evangelho, a sabedoria, dom do Espírito Santo, ilumina a prática dos cristãos, inclusive aqueles que se sentem chamados ao exercício do serviço político.
Nos próximos dias, redobremos nossas práticas de oração pela nossa pátria. Rezemos para que todos os eleitores se sintam responsáveis no exercício de seu dever do voto, inclusive escapando das tentações da omissão, do voto irresponsável ou do chamado voto útil, que não tem nada de consciente, ao buscar apenas a satisfação da vitória. Consciência e responsabilidade, iluminados todos pela força do Espírito Santo.
Rezemos:
Ó Deus, que de modo admirável dispondes todas as coisas, recebei benigno as preces que vos apresentamos pela nossa pátria, para que, pela sabedoria dos governantes e pela honestidade dos cidadãos, firmem-se a concórdia e a justiça, bem como se alcance na paz a perpétua prosperidade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.
Por Dom Alberto Taveira Corrêa (Via Canção Nova)

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

A vocação ao matrimônio


O Sacramento do Matrimônio é doação. É a união por meio da qual os esposos se entregam totalmente um ao outro – similar ao amor de Deus pelo seu povo, à Igreja, e ao amor de Cristo que se entregou em sacrifício pela salvação da humanidade. Matrimônio é vocação. É um caminho pelo qual os esposos devem buscar viver a beleza da santidade enquanto alcançam a realização de seus sonhos.
O Catecismo da Igreja Católica (CIC) indica que o amor é a vocação de todos nós:“Deus, que criou o homem por amor, também o chamou para o amor, vocação fundamental e inata de todo ser humano. Pois o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, que é amor. Tendo-os Deus criado homem e mulher, seu amor mútuo se torna uma imagem do amor absoluto e indefectível de Deus pelo homem. Esse amor é bom, muito bom, aos olhos do criador, que ‘é amor’ (1Jo 4,8.16)” (CIC 1604).
O amor entre os esposos reflete o amor de Deus por cada um de nós, por isso a vocação ao matrimônio se faz importante para a Igreja. Diz o Papa Francisco em uma de suas catequeses sobre a família que “a aliança conjugal é algo que enriquece a Igreja” e que para viver a vocação ao matrimônio é preciso “um grande ato de fé e de amor”. Esse movimento de amor “testemunha a coragem de acreditar na beleza do ato criador de Deus e de viver aquele amor que leva a ir sempre além de si mesmo” (catequese do dia 6 de maio de 2015).


Contudo, viver a vocação do matrimônio é um desafio constante. Ambos precisam estar comprometidos a viver a promessa do amor conjugal. Para ser ajuda para o outro é preciso primeiramente aceitá-lo como ele é: suas qualidades e defeitos.

Acolher o outro na totalidade de sua verdade, ser compreensivo, companheiro e, na medida em que o outro sentir necessidade de mudar em alguma atitude, saber orientá-lo para dar a ele a oportunidade de fazê-lo crescer como pessoa.

Mais do que ciente das dificuldades e tormentos que ameaçam a família, a Igreja visa amparar seus filhos e filhas a viverem bem sua vocação ao matrimônio. São João Paulo II, enquanto Papa, orientou a Igreja a ver e a cuidar dos esposos como o “santuário da vida”, pois é no seio da família que se encontra uma escola de santidade e cultivo das virtudes (cf. Carta às Famílias, 1994). Mas, na prática, o que a Igreja propõe aos esposos para que possam bem viver a vocação ao matrimônio?
Sendo o amor entre os esposos a revelação do amor de Deus por nós, não podemos melhor manifestar o amor tendo como fonte o próprio amor do Criador. Por isso faz-se indispensável ao casal alimentar sua vida espiritual, ou seja, buscar em Deus o amor para ser amor para o outro.
Somente na oração é que os esposos encontram tudo quanto necessitam para viver bem a promessa do amor conjugal. Do contrário, já alertou o Papa Francisco, por meio da Exortação Apostólica“Alegria do Amor” sobre o amor familiar, que “o enfraquecimento da fé e da prática religiosa, nalgumas sociedades, afeta as famílias, deixando-as ainda mais a sós com as suas dificuldades. Os padres disseram que ‘uma das maiores pobrezas da cultura atual é a solidão, fruto da ausência de Deus na vida das pessoas e da fragilidade das relações’” (Amoris Laetitia, 43).
Busquemos, portanto, viver em santidade a vocação ao matrimônio, pois, sim, isso é possível. Tenhamos como exemplo casais reconhecidos santos pela Igreja, como Luis Martín e Maria Zélia – os pais de Santa Teresinha – que apesar das provações, souberam viver com fidelidade suas obrigações, dando o melhor de si para os seus familiares. Este casal não viveu nada de extraordinário, mas viveu tendo Deus como o centro de suas vidas: participavam de Missas diárias, tinham suas devoções particulares aos santos e ao Sagrado Coração de Jesus – fonte do amor misericordioso –, frequentavam movimentos e pastorais da Igreja, e, principalmente, se respeitavam e vivenciavam intensamente o amor conjugal. Eis a receita para bem viver a vocação matrimonial!

JANEIRO
08 - Reunião Ordinária do CAPF
12 e 13 - Estudo da CF - 2018
14 - Espiritualidade Comissão
20 - Reencontro com Casais em 2ª União
22 - Reunião CAPF com repasse das Foranias
25 - Missa de Posse Coordenadores Paroquiais
27 - Reunião P/ Coordenadores Gerais Paroquiais

FEVEREIRO
03 - Formação Pós Matrimônio
04 - Missa de Envio da 23ª Caminhada da Fraternidade
05 - Reunião Ordinária do CAPF
18 - Reunião Geral Com as Foranias Sul I e Centro
18 - Reunião Geral Com as Foranias Norte I e Norte II
19 - Reunião CAPF com repasse das Foranias
20 - Aniversário de Dedicação da Catedral de N. Sra. das Dores – 19h
24 e 25 - Formação do Núcleo Promoção e Defesa da Vida

MARÇO
03 - Reunião Geral Com as Foranias Sul II e Sudeste
05 - Reunião Ordinária da CAPF
07 - Lançamento da 23ª Caminhada da Fraternidade 19h Auditório Paulo VI
10 - Reunião Geral Pré-Matrimonial
18 - Reencontro de Casais de 2ª União
19 - Reunião Ordinária com Repasse das Foranias
24 - Reunião Casos Especiais

ABRIL
01 - Domingo de Páscoa – 4ª Procissão com Cristo Ressuscitado e Santa Missa - Potycabana
02 - Reunião Ordinária da CAPF
07 - Estudo do Doc. 105 - Leigo - 1ª Parte
16 - Reunião Ordinária da CAPF com Repasse das Foranias
22 - Lazer da Família

MAIO
06 - Reunião Geral com a Forania Leste
07 - Reunião Ordinária da CAPF
15 - Dia Internacional da Família
18 - Vigília de Oração com LEIGOS – São Fcº Assis – Dom Jacinto Brito
19 - Estudo do Doc. 105 - Leigo - 2ª Parte
21 - Reunião Ordinária com Repasse das Foranias
22 - Vigília de Oração com CASAIS – Catedral – Dom Jacinto Brito
25 - 20 anos de Episcopado – Dom Jacinto Brito
29 - Missa de Envio das Imagens Peregrinas – 20h – São Fcº Assis

JUNHO
02 - Arraial das Famílias - ECC
03 - Oficina do Pós-Matrimônio
04 - Reunião Ordinária da CAPF
08 - Festa do Sagrado Coração de Jesus
10 - 23ª Caminhada da Fraternidade
16 - Simpósio Arquidiocesano - Ano do Laicato
18 - Reunião da CAPF c/ Repasse das Foranias
23 - Estudo do Doc. 105 - Leigo – 3ª Parte

JULHO
02 - Reunião Ordinária da CAPF
06 a 08 - 17º Congresso da Região Nordeste - ECC
09 a 13 - Aprofundamento Pastoral Familiar
14 e 15 - Romaria da Terra e da Água
16 - Reunião da CAPF c/ Repasse das Foranias

AGOSTO
06 - Reunião Ordinária da CAPF
11 - Abertura da Semana Nacional da família -   Foranias
12 a 18 - Semana Nacional da família
18 - IV Romaria da Família a Santa Cruz dos Milagres
       (Encerramento da Semana Nacional da Família)
21 - Reunião da CAPF c/ Repasse das Foranias

SETEMBRO
03 - Reunião Ordinária da CAPF
14 a 16 - Simpósio Regional PF – Parnaíba - PI
17 - Reunião da CAPF c/ Repasse das Foranias
22 e 23 - Vivência Terapêutica para Casais

OUTUBRO
01 - Reunião Ordinária da CAPF
01 a 07 - Semana Nacional da Vida
08 - Dia do Nascituro
13 a 14 - Promoção e Defesa da Vida – Oficina Prevenção ao Suicídio
15 - Reunião da CAPF c/ Repasse das Foranias
28 - Espiritualidade Comissão

NOVEMBRO
05 - Reunião Ordinária da CAPF
15 - Reunião da CAPF c/ Repasse das Foranias
18 - Planejamento da Comissão 2019
23 a 25 - VII Encontro de Casais em 2ª União

DEZEMBRO
03 - Reunião Ordinária da CAPF

13 - Missa de Encerramento dos Serviços.